Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At 4.33).

A Igreja foi cheia da abundante graça de Deus no dia do pentecoste, crescia em número, permanecia firmada na Palavra viva do Senhor e caminhava de joelhos em oração. Sua intimidade com Deus era profunda e genuína, sua simpatia aos olhos do povo era tão forte que todos conseguiam perceber e declarar: “Vede como eles se amam”. A igreja adorava a Deus com entusiasmo e em cada alma havia temor e amor. Na igreja, os servidores transbordavam do Espírito Santo e eram comprometidos com a santidade. O texto nos informa que em todos os crentes havia abundante graça (At 4.33).

Destaquemos algumas verdades que nos encorajar a avançar firmes na certeza que vamos esvaziar o inferno e povoar o céu:

NA PERSEGUIÇÃO (At 4.3).

Os que foram separados por Deus para servirem ao Senhor e também aos irmãos da igreja estavam sendo cruelmente jogados na prisão, vilipendiados e açoitados porque eram fiéis na pregação do poderoso evangelho de Cristo. Uma igreja fiel sempre despertará a fúria do inferno, do inimigo e do mundo. A Igreja de Cristo busca desesperadamente viver santamente na presença do Senhor, assim sendo, sempre incomodará o inferno, os demônios e uma sociedade rendida ao pecado. Porém, apesar de viver debaixo de opressão, a igreja tinha abundante graça, alegria incontida na alma, luz nos olhos, fogo no coração e um testemunho que bombardeava corações, famílias, sociedades e nações. O mundo foi impactado tremendamente!

NO TESTEMUNHO (At 4.8).

A igreja vivia debaixo do tacão impiedoso das crueldades avassaladoras do inimigo, mas mesmo assim, dava testemunho da verdade e nunca negava a fé. Longe da igreja recuar e calar sua voz diante dos açoites e prisões, pelo contrário tornou-se mais intrépida, aguerrida e sacudiu o lugar onde estava. O apóstolo Pedro, cheio do Espírito Santo, deixou claro que a cura do paralítico (At 3.11-16) não era realizada por seu próprio poder, mas pelo poder de Deus. Era uma obra soberana de Jesus, o mesmo que vencera a morte, ressuscitando dentre os mortos. Pedro não se concentra no milagre da cura, mas anuncia a Jesus como o único que pode salvar o pecador. O milagre não é o evangelho, mas abre portas para o evangelho. Pedro não teve medo de pregar que Cristo era o Messias esperado, nasceu sobrenaturalmente, foi crucificado impiedosamente, injustamente, ressuscitou vitoriosamente, ressuscitou visivelmente, subiu ao céu, está assentado a direita de Deus-Pai, e voltará para reunir a suas ovelhas para reinar eternamente com Ele. Jesus Cristo é o Salvador do mundo.

NA ORAÇÃO (At 4.24).

Quando Herodes mandou prender a Tiago e Pedro, “fazendo passar ao fio da espada a Tiago, irmão de João” (Atos 12:2), a igreja estava reunida retaguarda da oração. Longe desses crentes perderem a coragem e o fervor espiritual diante da perseguição, entregaram-se à oração com mais fervor, sabendo que Deus é soberano e que até mesmo as ações mais perversas dos ímpios estão rigorosamente sob o controle de Deus. A igreja não pede cessação da perseguição, mas poder para testemunhar no meio da perseguição. A igreja não pede ausência de luta, mas oportunidade para pregar. Enquanto os crentes oravam, o Espírito Santo desceu sobre eles. A casa onde estavam reunidos tremeu e todos, com intrepidez, deram testemunho de Cristo. Não há poder sem oração e não há eficácia na pregação sem oração. A igreja sempre venceu de joelhos diante do Pai.

NO PODER DO ESPÍRITO SANTO (At 4.31).

Quando a igreja orou, os céus se abriram, o Espírito Santo desceu e todos ficaram cheios do Espírito Santo. Antes do revestimento de poder a igreja estava com as portas trancadas por medo. Depois do enchimento de poder estavam felizes mesmo presos. Antes, eles temiam os açoites das autoridades, agora são as autoridades que temem a igreja. Uma igreja cheia do Espírito é irresistível, invencível, indestrutível. A Igreja cheia do Espírito vence o pecado, e vive em santidade. Um crente cheio do Espírito Santo pode até ser preso e algemado, mas se torna um embaixador em cadeias. Os homens podem prender a nós, mas jamais algemar a palavra de Deus.

NA GENEROSIDADE (At 4.32).

Uma igreja cheia de graça não volta os olhos para os bens terrenos. Não acumula coisas materiais. Não está apegada a nada que é fugaz, nem entesoura para si, mas lança o seu pão sobre as águas, crendo que receberá ainda mais para continuar lançando na vida das pessoas. A igreja cheia de graça não é gananciosa, mas graciosa, generosa e pronta para fazer como o apóstolo Paulo: “Recebi do Senhor... Também vos entreguei”. A Igreja cheia de graça, agracia com generosidade e amor, “certa que toda coisa boa, receberá outra vez do Senhor” Efésios 6:8.

Pr. Ceny Tavares